Tal como nas três anteriores finais da Taça entre Sporting e FC Porto, houve necessidade de tempo suplementar para apurar o vencedor e foi Tiuí a garantir o troféu para Alvalade. Com o nulo no final dos noventa minutos e sem hipótese de finalíssima, o brasileiro saiu do banco e marcou os dois golos do encontro.
Na equipa «leonina», Paulo Bento arriscou na imprevisibilidade de Derlei em detrimento de Vukcevic, enquanto no FC Porto, sem Bosingwa, as novidades foram a inclusão de João Paulo a defesa-esquerdo e Mariano Gonzalez no lugar de Tarik.
O Sporting começou melhor, a pressionar alto e numa jogada rápida os «leões» criaram a primeira grande ocasião da partida. Nuno negou o golo a Derlei, após assistência de Yannick Djaló. O FC Porto tentou sacudir a pressão, mas a equipa verde e branca pareceu, desde cedo, estar mais tranquila e com melhor ligação entre sectores. Izmailov testou a atenção de Nuno e pouco depois foi, de novo, Derlei, a desperdiçar excelente ocasião para adiantar o Sporting no marcador, após bela defesa de Nuno.
O FC Porto só conseguiu reagir a meio da primeira parte, através de um cabeceamento de Lisandro, fácil para Rui Patrício, mas os «leões» voltaram à “carga” num remate de Yannick Djaló “parado” por Nuno. O guarda-redes portista ia salvando a equipa com defesas excepcionais, mas aos 35 minutos, foi a vez de Rui Patrício evitar com uma mancha o golo de Lisandro. Depois, mal a equipa de arbitragem liderada por Benquerença ao anular um golo limpo a Romagnoli, impedindo que os «leões» chegassem ao intervalo em vantagem.
No recomeço, o Sporting voltou a entrar mais determinado e ameaçador para a baliza de Nuno. Contudo, faltou clarividência e também alguma sorte no momento da finalização. A formação nortenha tentava equilibrar em contra-ataque, quase sempre através dos rasgos dos argentinos Mariano e Lisandro Lopez, mas o sinal mais estava do lado do Sporting até surgirem as “aventuras” e “desventuras” do apito de Olegário – o pior em campo no Jamor. O juiz leiriense que havia permitido excessiva dureza dos jogadores na primeira parte, alterou o critério e expulsou João Paulo após entrada dura sobre Moutinho. Com mais uma unidade em campo, e um quarto de hora para jogar – Pereirinha substituiu o lesionado Izmailov – o Sporting podia ter vincado essa superioridade, mas a frescura já não era a mesma e o prolongamento tornou-se uma realidade. Já com Tiuí (Abel) no ataque, o brasileiro que, logo no início, tinha tido a melhor chance num remate rente ao poste, tornou-se o herói da final ao apontar dois golos de “rajada” que garantiram a revalidação da Taça de Portugal para o Sporting.
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