Filosofia e Touros - Francis Wolff

Para Francisc Wolff, a corrida de toiros não é tanto uma reminiscência dos valores guerreiros do homem, mas sim “a ritualização, a sublimação de uma violência natural”. “È um espectáculo da modernidade [os seus contornos actuais datam do início do século XX]”, garante. Um espectáculo que, para ele, é, “ao mesmo tempo, injusto e leal”.

Uma provocação: quem não gosta da Festa Brava, acusa-a de ser um espectáculo bárbaro e violento. Como um filósofo, um homem do pensamento, gosta dessa arte?
Gosto e não acho que ela seja bárbara. A barbaridade aconteceria se o animal e o homem lutassem no mesmo plano de igualdade. Ou se o combate não fosse leal. A característica no combate entre o homem e o animal na tauromaquia é que ele é, ao mesmo tempo, injusto e leal. Ou seja, se fosse justo – igual entre os dois – seria absolutamente bárbaro na relação com o homem. Se não fosse leal – se fosse um espectáculo de tortura em que o animal não teria a oportunidade de combater, de lutar – aí seria bárbaro na relação com o animal. A corrida de toiros é o espectáculo da luta desigual e leal de um homem contra um animal. Um animal que é bravo. Ou seja, de um animal que, por natureza, tem esse instinto de viver livre e rebelde no campo e de querer morrer combatendo para defender o seu território e a sua vida. Por isso, a corrida de toiros é o espectáculo da vida e da morte, que nada tem de bárbaro.
Pode dizer-se que o fascínio que a corrida de toiros ainda hoje provoca tem origem na ideia que transmite do antigo guerreiro que procura morrer combatendo… Homens que hoje não lutam, encontram ali o passado guerreiro?
Obviamente, a corrida de toiros denota esses valores e virtudes antigos de Cavalaria, de combate em busca da glória do campo da batalha. Mas, ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, a corrida de toiros, na forma que a conhecemos, nasceu no século XVIII. E a forma em uso surgiu no início do século XX. Ou seja, a corrida de toiros actual é um espectáculo ligado à modernidade. Porque representa um certo gosto por um certo tipo de expressão artística que tem a ver com a modernidade e não com a apologia da violência ou da brutalidade. É exactamente o contrário: a ritualização, a sublimação de uma violência natural. Tomemos o exemplo da morte: hoje em dia, a modernidade tem escondido cada vez mais a morte. Tem-na desritualizado. Fê-lo por vários motivos, nomeadamente a queda do sentimento religioso, da perda das relações de familiaridade com o ritual quotidiano. Justamente o que mostra a corrida de toiros é a importância da ritualização para entendermos o sentimento profundo da morte. Morte necessária do animal – porque qualquer ser vivo tem de morrer – ou da morte possível do homem. De tal forma que a corrida de toiros nada tem a ver com a apologia da guerra, que podemos encontrar na antiguidade grega ou romana – onde a violência bruta e crua era o centro da atenção. O que os aficionados gostam é do espectáculo da sublimação da violência, através da beleza do combate. 

Será por isso, então, que muitos académicos e eruditos têm vindo a escrever e pensar a tauromaquia?Sim. A corrida de toiros não teria o menor sentido se não estivesse integrada numa cultura geral. E tem-no em duas vertentes: de um lado, a cultura taurina dos povos mediterrânicos, que tem uma relação especial com o toiro de lide; do outro, a cultura no sentido mais amplo da palavra, através da pintura, da escultura, da poesia ou da literatura. Para sabermos se uma coisa é cultural ou não, basta saber se ela gera obras de outro tipo. É o caso da corrida de toiros, que sempre chamou a atenção dos criadores, dos artistas e dos pensadores. E fê-lo porque é uma arte que, ao mesmo tempo, é muito idiossincrática de certos povos e assume um valor universal, ao expressar o sentido da morte, de transformar o medo da morte em beleza, de estilizar a sua existência. A luta do toiro pela sobrevivência é, ao mesmo tempo, necessária – porque é a definição da vida – e um fracasso – porque cada vida tem por fim a morte. Por muitas razões, a corrida de toiros sempre chamou a atenção dos artistas. 
Paco Aguado, jornalista da revista “6Toros6”, na sua intervenção no Fórum Mundial da Cultura Taurina, dizia que “gerações e gerações de espanhóis, portugueses, franceses e americanos, foram às praças de toiros, aprendendo ali o sentido real da vida”. Concorda com esta ideia?Em qualquer tipo de grande expressão humana qualquer pessoa pode encontrar todos os valores e todos os sentidos da vida. Não vou dizer que a corrida de toiros é mais que as outras formas de expressão nesse sentido. Até porque cada povo tem um modo particular de expressar os seus valores e o sentido da vida. Contudo, entendo que, na relação entre o homem e o toiro, a tauromaquia teve, em certos momentos, essa capacidade. Acontece que, hoje em dia, por muitos motivos – e nem todos maus – as novas gerações têm outros modos de encontrar o sentido da vida. E, dessa forma, não reconhecem na corrida de toiros o veículo de percepção do sentido da vida. Por isso, a tauromaquia é apelidada de arcaica, antiga, etc. Mas há uma grande diferença entre a tauromaquia e as outras formas de expressão (que também têm o seu valor, muitas vezes de enorme excelência): ela sintetiza, de alguma forma, os valores do desporto (porque comporta uma expressão atlética), da arte (porque comporta uma expressão da beleza e do sublime), do rito religioso. Ou seja, a tauromaquia é uma forma artística que não pertence a um género em particular. E onde cada um pode encontrar nela um certo sentido. E que quem, realmente, gosta da corrida de toiros sabe que pode, através dela, gozar de todas as formas de valor que vai encontrar individualizados noutras formas de expressão. 
O que o atrai, enquanto filósofo, na tauromaquia? Escrevi um livro que se chama “Filosofia da Corrida dos Toiros”. E aí sintetizo esta ideia: a corrida de toiros pode dar uma certa experiência concreta de algumas ideias gerais da Ética, da Estética e, de certa forma, da Metafísica. No fundo, a tauromaquia garante a realização de algumas ideias que, como dizia Platão, só existem no plano das ideias. Por exemplo, a ideia da coragem: pode não ter uma realização dela, mas na corrida de toiros vê-se essa ideia. Mas se procurasse algo particular que me tenha ensinado a corrida de toiros, dizia-lhe o seguinte: os gregos tinham uma só palavra para designar o “Belo” e o “Bom”, a palavra “Kalos”, que significa “Admirável” – ou seja, é admirável por ser harmónica e meritória. No mundo moderno, o “Belo” é sempre separado do “Bom”. O “Belo” é o reconhecimento da estética de algo. O “Bom” é o reconhecimento de acções. Mas, na corrida de toiros, a mesma coisa, o mesmo momento, o mesmo gesto, a mesma acção é “Bela” porque é “Boa”, ou seja, porque é meritória, valorosa e, por isso mesmo, é a personificação da Beleza. Quando vê uma “suerte” em que o matador permanece imóvel, mas consegue “estendê-la”, aí reconhece a sua beleza e, ao mesmo tempo, o seu mérito. Outra perspectiva desta ideia: a “Beleza” é o uso do mínimo de meios para conseguir os máximos fins – mínimo de espaço, de tempo, de mobilidade, para conseguir o máximo de efeito sobre a investida. É justamente isso que, ao mesmo tempo, personifica o mérito do toureiro e a beleza da sorte. Isso é algo que não vejo unida em nenhuma outra forma de expressão. 
Os latinos, por natureza, são um povo de sentimento, onde o coração e a emoção falam mais alto do que a razão. Como foi possível que tenham sido eles quem sublimou a morte e a violência através da ritualização da corrida de toiros? Encontra alguma justificação para isso?Não encontro qualquer explicação para essa idiossincrasia particular desses povos. Acho que todos os povos têm uma maneira de expressar as suas emoções. No caso dos latinos, essa expressão aproveitou-se de uma relação especial que, ao longo de séculos, tiveram com o toiro. O toiro que, ao mesmo tempo, é respeitado, objecto de culto, e de projecção da suas emoções e dos seus valores enquanto ideal humano, mas também alvo de receio, de medo. Acho que é essa a razão de ser profunda que explica a presença tão forte da tauromaquia nos povos latinos. É óbvio que tudo terá ver com o modo de ser e estar desses povos. Mas, acho que a corrida de toiros, contribuiu para moderar a alma desses povos. Não será só o resultado da sua vontade de expressão da sua alma, mas também a forma que lhes foi moldando essa alma.
 Vários grupos contestam as corridas de toiros, acusando-as de serem bárbaras e atentatórias dos direitos dos animais. Mas, ouvindo as suas respostas, denota-se que a corrida de toiros é muito mais do que o desafio puro e simples da razão do homem ao coração do toiro. Como poderá essa expressão, então, sobreviver a essa contestação, numa sociedade onde a urbanidade se tem vindo a tornar preponderante na escala de valores?O anti-taurinismo tem razões profundas e, ao mesmo tempo, de moda. Uma das razões é o facto de que a urbanidade fez perder a ligação do homem com a natureza, com a ruralidade. Muitas pessoas têm uma ideia completamente adocicada da natureza. Vêem o reino animal como uma espécie de conto de fadas, como nos desenhos animados de Walt Disney, em que todos os animais são bons, em que todos são como os gatos, carinhosos e fofinhos. É muito complicado explicar o que significa o toiro e a bravura a quem interiorizou essas ideias. É muito complicado explicar-lhes que os toiros são animais que lutam permanentemente entre si, que a luta é algo que está na sua condição de ser, de existir. Por isso, defendo que as crianças e os jovens devem contactar com o campo, com a ruralidade, têm que ver o que é o toiro de lide, a forma como os ganadeiros criam, respeitam e ama os toiros de lide. Sentimentos que são exactamente contrários à industrialização, à mercantilização, ao rendimento económico que, por exemplo, assistimos nos McDonald’s, onde os produtos do campo não são apresentados como resultado de uma actividade mas como algo que surge, sem mais nem menos. Se um adolescente tiver este contacto com a natureza e perceber que os valores ecológicos em que acredita, os encontrará muito mais na relação especifica que temos com o toiro de lide do que com outro animal domesticado ou criado. Aí poderá mudar de ideias e, em boa verdade, mudar o preconceito que tem sobre o assunto. Ou, pelo menos, ganhar uma nova consciência sobre a tauromaquia, não apoiando protestos que recorrem a argumentos básicos e preconceituosos.

Madaíl e a selecção virtual.

Madaíl anda num virote, no mínimo humilhante, para conseguir o sonho impossível de «alugar» Mourinho por 15 dias. Tudo para desviar as atenções do caso Queiroz. O processo fragiliza ainda mais o futebol português. Depois da selecção em «piloto automático», agora estamos é a falar de uma selecção virtual, comandada à distância por um guru omnipresente chamado José Mourinho. O técnico português, sabendo que em Madrid ninguém via com bons olhos esta sua aventura, veio a público dizer que até estaria disponível, inclusive a custo zero, mas se na entidade que lhe paga não há unanimidade, não seria o próprio Mourinho a forçar a barra. De joelhos e despeitada fica a Federação Portuguesa de Futebol. Mourinho, esse, pela ambição e pela forma de estar, está sempre em primeiro plano. Sempre pode dizer: «Eu queria, mas não me deixaram». Se eu fosse Florentino Perez fazia o mesmo. Compreende-se.

Estatuto do Aluno.

Reacção de um porta-voz da Associação de Estudantes da Escola Gil Vicente em Lisboa ao novo Estatuto do Aluno, ontem aprovado na Assembleia da República:

Quer um exemplo? O novo estatuto prevê que os alunos tenham de pagar o material que estragaram. Isso é pedagógico? Não é. Se um aluno partir um vidro e for obrigado a pagá-lo, no dia seguinte parte outro e dois dias depois outro ainda. Porque a obrigação da escola não é castigá-lo, mas explicar-lhe porque é que não deve andar a partir vidros." 
É este o estudante tipo que fomos criando ao longo dos últimos anos, fruto de um clima de indisciplina, desresponsabilização e facilitismo e consequência da falta de autoridade das escolas. Temos pela frente um trabalho muito duro de transformação…

Como nos anos 80... saímos de cabeça erguida.

Acabou. Uma derrota clara que nem valeu a frustração colectiva. À partida para o mundial, com as expectativas ao nível de água, chegar aos oitavos já seria cumprir os mínimos. Aconteceu. Menos normal é fazer uma retrospectiva sobre a performance da selecção na África do Sul e constatar que se os norte-coreanos não tivesse conseguido o passaporte para este evento acabaríamos com o score de...zero(!!!) golos marcados e um sofrido. Também não é bom augúrio saber que o melhor jogador nacional nos quatro jogos foi o guarda-redes e continua a ser um mistério o desempenho medíocre de um jogador, C. Ronaldo, pelo qual o Real Madrid o pornográfico valor de 96 milhões de euros. Queiroz cometeu alguns errros, mas não é por ele que não vamos mais longe. O treinador está à imagem e semelhança da equipa que treina, tem pouca qualidade e ambição é coisa que não nasceu com ele. Mais do que falar da substituição do professor, é prioritário mudar os órgãos dirigentes da Federação Portuguesa de Futebol. Estão há tempo demasiado na cadeira do poder. Amanhã é outro dia. As festas de verão ficaram para trás. Pobretes, mas alegretes e de cabeça erguida, como a selecção.

Feira de Badajoz 2010.

O empresário José Cutiño apresentou na passada noite de 4ª feira os Cartéis da Feira de Badajoz 2010, que contará com a presença do novilheiro "Cuqui", aluno da Escola de Toureio local, como a única representação portuguesa, numa novilhada sem picadores.

Os Cartéis para a Feria de San Juan 2010 são os seguintes:

Sábado, 19 de Junho: Toiros de Fermín Bohórquez para Fermín Bohórquez, Hermoso de Mendoza e Diego Ventura.

Domingo, 20 de Junho: Toiros de Montalvo para Israel Lancho, Ambel Posada e Julio Parejo.

Segunda-feira, 21 de Junho: Erales de Bernardino Píriz para Joaquim Ribeiro ‘Cuqui'; Rafael Cerro, de Cáceres; Carlos María, José Manuel Garrido, Rubén Lobato e Posada Maravillas, de Badajoz.

Terça-feira, 22 de Junho: Toiros de Juan Pedro Domecq para Morante de la Puebla, El Fandi e Manzanares.

Quarta-feira, 23 de Junho: Toiros de Daniel Ruiz para El Juli, Miguel Ángel Perera e Alejandro Talavante.

Quinta-feira, 24 de Junho: Toiros de Zalduendo para Enrique Ponce, Sebastián Castella e Cayetano.

Bruna Real.

Se o ensino tivesse mais professoras destas, certamente não havia tanto abandono escolar.

A esquerda caviar do Anacleto.

O Bloco de Esquerda gosta de trazer para a política os seus fetiches.
Lembro-me de, no já distante ano de 2002, a então ainda inexperiente Ana Drago dar de força (como diriam os fedorentos gatos…) em Durão Barroso quando o acusou, olhos nos olhos, de liderar um governo “docemente submisso” aos Estados Unidos da América.
Agora, como o Pedro já aqui realçou, foi a vez de Francisco Louçã atirar que José Sócrates, “de intervenção em intervenção, vai ficando um pouco mais manso…”
Depois de ‘submissos’ e ‘mansos’, de que outros sound bites sado-maso se lembrarão os nossos excitados trotsquistas ainda de expelir para a praça pública, com o óbvio intuito de flertar o sempre volúvel vulgo?
Mas o problema está também na trela que se dá às bocas berloquistas.
Há uns anos, Barroso reagiu à domina Drago com um sorriso. E esta, pareceu que ruborizou, não sei se por volúpia ou vergonha…
Ontem, Sócrates recusou a docilidade que Louçã lascivamente (a julgar pelo seu sorriso) se permitiu atribuir-lhe, não com elevação ou indiferença, mas antes com a sua proverbial falta de nível: ‘mansa’ ‘tua’, ‘tia’, ‘pá’, ‘porreiro’, é este o vocabulário natural do actual primeiro-ministro.

Sporting: Três considerações.

Carlos Carvalhal é um treinador mediano. Naturalmente, um treinador mediano produz resultados medianos – seria surpreendente se assim não fosse. Tendo assumido a liderança da equipa há 16 jornadas, ganhou metade dos jogos, perdeu cinco e empatou três. Ou seja, nestas últimas 16 jornadas, o Sporting tem precisamente o mesmo registo de vitórias, empates e derrotas que o V. Guimarães. Isto leva-me a várias considerações:

(1) A contratação de Carvalhal é, desde o primeiro minuto, inexplicável. Uma Direcção que se afirma de carácter vencedor não pode contratar um treinador de terceira linha e esperar que ele apresente resultados num clube (que se quer) de topo. Por isso, a Direcção do Sporting é a única responsável da mediana que nos atingiu, e não pode tecer uma única crítica a Carvalhal: ele fez o que se sabia que conseguia fazer – o pobre coitado até se esforça, mas não dá mais que aquilo.
(2) Eu ainda entendo que Carvalhal, como treinador mediano que é, julgue que fez um bom trabalho. O que eu não consigo entender é como é que há sócios do Sporting que querem que ele fique mais uma época. Expliquem-me, por favor, excluída a piedade, qual é o vosso critério de selecção.
(3) O mais inquietante: já não se sabe ao certo quais as metas desportivas do clube. Com uma Direcção que contrata treinadores medianos, com directores desportivos inexperientes e incapazes, e com adeptos que consideram que ganhar metade dos jogos é positivo, o Sporting já parece partir do pressuposto que o 4º lugar na classificação é aceitável. Assim não dá.

Uma aventura na escola.

No âmbito de mais um remendo curricular no Ensino, a nossa excelsa ministra da educação sugeriu há dias, por causa do elevado número de disciplinas no terceiro ciclo (7º, 8º e 9º anos), a luminosa ideia de passar as de História ou Geografia para cadeiras semestrais “ou então mantê-las anuais” - sic. Melhor do que esta espantosa “não ideia” talvez seja a minha sugestão: acabe-se mas é de vez com o ensino de História a menores de dezoito anos. A começar na primária, esta matéria é tratada como um instrumento de propaganda para catequizar as sugestionáveis criancinhas, uma caldeirada de lugares comuns e preconceitos, uma luta de classes simplificada, cheia de vilões e vitimas e um final feliz que canta todos os anos em Outubro e Abril. Tenho para mim que, nestes estouvados tempos que vivemos, a História, como a Educação Sexual, deveria ser matéria exclusiva e higienicamente ministrada em casa, pela família.

Festival taurino em Santo António das Areias.


O empresário Vasco Pombeiro, acaba de anunciar o cartel completo para o tradicional festival taurino de Santo António das Areias, que terá lugar no próximo dia 24 de Abril, pelas 17 horas. Em praça estarão os cavaleiros António Ribeiro Telles, João Paulo, Sónia Matias, Ribeiro Telles Bastos, Duarte Pinto e ainda o amador Rui Guerra, que prestará prova de cavaleiro praticante.
Nas pegas estarão em competição os Amadores de Portalegre, Monforte e Bencatel, que irão disputar o Troféu Casa do Povo. Quanto aos preços para este festival, serão a partir de 10 euros.

Toureio no feminino.

Sporting Clube de Portugal


Esta época, curiosamente depois de José Eduardo Bettencourt ter folgadamente ganho as eleições para a Presidência, o futebol do Sporting está um caos. De um Presidente desbocado e que diariamente utilizava uma linguagem que, durante décadas,  ninguém pensava sequer poder ser ouvida em Alvalade (quem é que alguma vez falou de "anormais", "cagança" e "terrorismo"?) passámos para um Presidente (felizmente) silenciado. Antes disso, muitas demissões (Miguel Ribeiro Telles, Rita Figueira, Pedro Barbosa, etc).
Logo depois uma leve esperança de que algo pudesse mudar com um novo director desportivo. Pura ilusão...
Como um disparate nunca vem só, e para mal do nossos pecados, ademais depois da expectativa inicial de alguns relativamente à sua performance, surge agora um "Ministro" (Costinha), transformado em "senhor todo poderoso" do clube, mas com iguais características a nível da verborreia.
Arre que a coisa pega-se! Ou seja, o disparate continua. E como estes maus exemplos têm geralmente seguidores, agora é comum ver-se na Academia durante os treinosda equipa funcionários da empresa de Jorge Mendes, manda-se paracasa um jogador  ( um grande profissional como Izmailov) porque este se queixa que tem dores e por, alegadamente, se recusar a jogar mais "infiltrado" (desde quando é que esta prática é usada no Sporting?), trocam-se três vezes por anos as funções do team manager(Salema Garção), despede-se o director de comunicação, e tudo fica na mesma.
Na mesma, não... pior, porque no meio de toda esta confusão, o Sporting é 4º classificado, foi eliminado de todas as restantes competições, gastou fortunas para contratar um "flop" futebolístico (Sinama -Pongolle), os jogadores que contratou no Inverno não puderam, na sua maioria, dar contributo na Liga Europa e, na Direcção do Sporting, tudo se passa como se nada tivesse acontecido, agora com a promessa de que "pró ano é que é!".
Triste Sporting este que nada tem a ver com o clube que aprendi a amar!

E o grande vencedor das eleições do PSD foi...

Os cartéis para Madrid 2010.


FERIA DE LA COMUNIDAD DE MADRID

- Viernes 30 de abril. Novillos de Pedraza de Yeltes para José Manuel Mas, Adrián de Torres y Juan del Álamo.

- Sábado 1 de mayo. Toros de Adelaida Rodríguez para Eduardo Gallo, Iván Fandiño y David Mora.

- Domingo 2 de mayo. Goyesca. Toros de Carmen Segovia para José Luis Moreno, Diego Urdiales y Sergio Aguilar.

FERIA DE SAN ISIDRO

- Jueves 6 de mayo. Toros de Salvador Domecq para Curro Díaz, Juan Bautista yEduardo Gallo.

- Viernes 7 de mayo. Toros de José Luis Pereda para Leandro, Iván Fandiño yMorenito de Aranda.

- Sábado 8 de mayo. Toros de Antonio Bañuelos para Uceda Leal, El Capea yJavier Cortés (confirmación de alternativa).

- Domingo 9 de mayo. Toros Dolores Aguirre para Rafaelillo, Joselillo y Fernando Cruz.

- Lunes 10 de mayo. Novillos de Carmen Segovia para Thomas Jouber, Juan del Álamo y Miguel de Pablo.

- Martes 11 de mayo. Toros de Martelilla para Miguel Abellán, César Jiménez yArturo Macías (confirmación de alternativa).

- Miércoles 12 de mayo. Toros de Luis Terrón para Rui Fernandes, Andy Cartagenay Leonardo Hernández.

- Jueves 13 de mayo. Toros de Parladé para Diego Urdiales, Matías Tejela y José Manuel Más (alternativa).

- Viernes 14 de mayo. Toros de Alcurrucén para Uceda Leal, El Cid y Miguel Tendero.

- Sábado 15 de mayo. Toros de Garcigrande para El Juli, Sebastián Castella yDaniel Luque.

- Domingo 16 de mayo. Toros de Los Bayones para Gabriel Picazo, Emilio de Justoe Israel Lancho.

- Lunes 17 de mayo. Novillos de Moreno Silva para Paco Chaves, Miguel Hidalgo yAntonio Rosales.

- Martes 18 de mayo. Toros de Puerto San Lorenzo para El Cid, Sebastián Castellay Rubén Pinar.

- Miércoles 19 de mayo. Un toro de Luis Terrón para rejones y seis de Núñez del Cuvillo para Moura hijo, José María Manzanares, Miguel Ángel Perera yAlejandro Talavante.

- Jueves 20 de mayo. Toros Baltasar Ibán para Eugenio de Mora, Serafín Marín yLuis Bolívar.

- Viernes 21 de mayo. Toros de Juan Pedro Domecq para Julio Aparicio, Morante de la Puebla y José María Manzanares.

- Sábado 22 de mayo. Toros de Flores Tassara para Sergio Vegas, Diego Ventura yÁlvaro Montes.

- Domingo 23 de mayo. Toros Cuadri para López Chaves, David Mora y Salvador Cortés.

- Lunes 24 de mayo. Novillos de Guadaira para Luis Miguel Casares, Arturo Saldívar y Cristian Escribano.

- Martes 25 de mayo. Corrida de la Prensa. Toros de distintas ganaderías para El Juli, Miguel Ángel Perera y Cayetano.

- Miércoles 26 de mayo. Toros de Samuel Flores para Juan José Padilla, Luis Miguel Encabo e Iván García.

- Jueves 27 de mayo. Toros Javier Pérez Tabernero para El Fundi, Sergio Aguilary Luis Bolívar.

- Viernes 28 de mayo. Toros de Palha para Fernando Robleño, Jesus Millán y Francisco Javier Corpas.

- Sábado 29 de mayo. Toros de Adolfo Martín para El Fundi, Javier Valverde y Rafaelillo.

- Domingo 30 de mayo. Toros de Los Espartales para Sergio Galán, Diego Venturay Leonardo Hernández.

FERIA DEL ANIVERSARIO

- Lunes 31 de mayo. Toros de Valdefresno para Diego Urdiales, Miguel Tendero yRubén Pinar.

- Martes 1 de junio. Toros de El Cortijillo para Miguel Abellán, Juan Bautista yArturo Macías.

- Miércoles 2 de junio. Beneficencia. Toros de Núñez del Cuvillo para Morante de la Puebla, Cayetano y Daniel Luque.

- Jueves 3 de junio. Toros Victoriano del Río para El Fundi, José Tomás ySebastián Castella.

- Viernes 4 de junio. Toros de La Palmosilla para Julio Aparicio, El Fandi y Matías Tejela.

- Sábado 5 de junio. Toros de Vellosino para Juan Mora, Javier Conde y Curro Díaz.

- Domingo 6 de junio. Toros de Fermín Bohórquez para Andy Cartagena, Diego Ventura y Manuel Lupi (confirmación).

- Sábado 12 de junio. Toros de El Ventorrillo para Manolo Sánchez, José Tomás yAlejandro Talavante.

Manuel Fernandes Tomás ia aos touros todos os Domingos.

Uma das primeiras querelas entre defensores e adversários da Festa de toiros em Portugal travou-se nas Cortes, no ano de 1821. O caso foi objecto de investigação da historiadora Odete Gonçalves, que a publicou no nº 64 da revista «História» (Março de 2004).
Tudo começou a 4 de Agosto, quando o deputado Manuel Borges Carneiro apresentou ao Congresso uma moção «para se mandar extinguir o uso de combater os touros». Quem era Borges Carneiro? Nascido em 1774, juiz desembargador de carreira, distinguira-se como membro do Sinédrio, a associação paramaçónica do Porto que esteve na origem da Revolução Liberal de 1821. Entendia Borges Carneiro que juntamente com o Estado absolutista deveriam cair tradições como as touradas, cujo carácter popular chocava com o espírito «iluminado» do tempo. Como salientava na sua moção, «há outras classes de espectáculos mais acomodáveis às luzes da época como a música, os jogos, etc., e não martirizar [sic] estes animais que a Divindade deu somente aos homens para se servirem deles».
A questão dividiu as Cortes, com uns deputados a manifestarem-se contra a proposta e outros a favor. Porém, num ponto todos estavam de acordo: a proibição do espectáculo taurino seria uma medida extremamente impopular. O deputado Bettencourt, por exemplo, lembrava que já o governo anterior manobrara nesse sentido, «mas nunca pôde conseguir que deixasse de haver corridas de touros ». De resto, era um espectáculo que «à primeira vista parece bárbaro [mas] tem não sei quê de heróico». Mais claro, o deputado Santos requeria: «devemos conservar este espectáculo que é propriamente nacional e que por mais bárbaro que pareça, não contribui pouco para inspirar a emulação da glória, e fortalecer o ânimo em vez de afeminá-lo».
Mas a argumentação de maior peso parece ter cabido ao deputado Manuel Fernandes Tomás, outro destacado protagonista da Revolução Liberal, a quem se devem as bases da Constituição de 1822. «Eu o declaro publicamente, sou amigo deste divertimento: não é por ser valoroso, nem deixar de o ser (…) senão porque fui criado com isso», explica Fernandes Tomás, que era natural da Figueira da Foz. «Na teoria sou dos mesmos sentimentos filantrópicos; mas na prática não posso. Confesso a minha fraqueza: vou ver os touros todos os domingos». A moção acabou por ser rejeitada, com 43 votos contra e 30 a favor. Manuel Fernandes Tomás continuou a ir aos touros todos os domingos. (Imagem: M.F.Tomás, por Veloso Salgado)

Domingo de Páscoa em Alpalhão.

Feira de Sevilha 2010.






- Viernes 9 de Abril. Novillos de Espartaco para Luis Miguel Casares, Cristian Escribano y Esaú Fernández

- Sábado 10 de Abril. Toros de José Luis Pereda para Salvador Vega, Miguel Ángel Delgado y Miguel Tendero.

- Domingo 11 de Abril. Toros de Fermín Bohórquez para Fermín Bohórquez, Hermoso de Mendoza y Diego Ventura.

- Lunes 12 de Abril. Toros de Conde de la Maza para Diego Urdiales, Oliva Soto y Antonio Nazaré.

- Martes 13 de Abril. Toros de Palha para Serafín Marín, Arturo Macías e Iván Fandiño

- Miércoles 14 de Abril. Toros de El Torreón para Antonio Barrera, Salvador Cortés y Luis Bolívar.

- Jueves 15 de Abril. Toros de Victorino Martín para Antonio Ferrera, El Cid y César Jiménez.

- Viernes 16 de Abril. Toros de El Ventorrillo para El Juli, Sebastián Castella y Miguel Ángel Perera.

- Sábado 17 de Abril. Toros de Gavira para Morante de la Puebla, Alejandro Talavante y Daniel Luque.

- Domingo 18 de Abril. Toros de El Pilar para El Cid, Sebastián Castella y José María Manzanares.

- Lunes 19 de Abril. Toros de Jandilla para Julio Aparicio, Morante de la Puebla y Cayetano.

- Martes 20 de Abril. Toros de Torrealta para El Juli, José María Manzanares y Daniel Luque.

- Miércoles 21. Toros del Puerto de San Lorenzo para Enrique Ponce, El Cid y Alejandro Talavante

- Jueves 22. Toros de Alcurrucén para Curro Díaz, Matías Tejela y Rubén Pinar.

- Viernes 23. Toros de Fuente Ymbro para Miguel Ángel Perera y Daniel Luque, mano a mano.

- Sábado 24. Toros de Torrestrella para El Cordobés, Rivera Ordóñez y El Fandi.

- Domingo 25. Toros de Murube para Antonio Domecq, Rui Fernandes, Andy Cartagena, Álvaro Montes, Sergio Galán y Leonardo Hernández.

- Domingo 25. Toros de Miura para El Fundi, Juan José Padilla y Rafaelillo.

Cobardia ou o uso do lápis vermelho da censura.

 
O MEDO DEPENDE DA IMAGINAÇÃO E DA COBARDIA DO CARÁCTER -concluiu Joseph Joubert, moralista francês amigo de Diderot.

Pensar e ter coragem são arenitos muito pesados para a mente dos cobardes que se escondem atrás de tudo.

Os cobardes têm medo de assumir as suas atitudes e até mesmo as incapacidades pessoais que lhes atribuem o estatuto de ninguém.

Eles alimentam-se para a vida do nada que é a cobardia de injuriar e difamar furtivamente e com a anopsia do servilismo dos que vivem de joelhos.

Os cobardes são considerados os mais baixos seres humanos por aqueles que lhes ordenam odiar quem defende e luta pela libertação e dignificação de todas as pessoas.

Foi da cobardia pulha e velhaca dos cobardes manifestados que nasceu este não-poema de um não-poeta que assina esta "obra" com o seu nome... 
 


                     MANIFESTO PRÓ-COBARDIA DOS COBARDES

Os cobardes aos "homens de túberas" metem nojo e dó
quando querem parecer poetinhas dos tempos da vovó
e são apenas o odor pestilento das tretas e do encomendado trolaró.

Os cobardes pensam como as galinhas, culturalmente
e alimentam-se do que esgravatam nas esterqueiras, socialmente.

Os cobardes andam, falam e escrevem aos ziguezagues
afirmam agora e quando lhes "apertam os calos" logo se desdizem
agitam-se, vão da direita prá esquerda, agacham-se, mentem e vociferam
e no fim querem sair limpos, tidos por amigos, formidáveis e bons rapazes.

Os cobardes têm a alma dos velhacos que evoluem para baixo
e crescem com a inteligência do cáften à procura de tacho.

Na minha terra sempre houve homens e mulheres de coragem
gente ignorada e ocultada para só "eles" serem senhores e heróis;
agora estão a aparecer uns cobardes pasteis de merda com label dos urinóis
gadelhas, bibis, porcos, sujos e feios de terrantês sacanagem.

Os cobardes usam as armas dos "falinhas mansas" e são cuspo da hipocrisia
servilismo e obediência cega aos politiquinhos e oportunistas da "família".

Os cobardes não têm ideias nem argumentos para serem protagonistas
e são reaccionários ao protagonismo dos outros
atacando-os como panfletários fascistas!

Os cobardes são os demagogos mais tristes das cafurnas dos morcegos
e são convivas asquerosos de vermes, fantasmas e labregos
que de dia vivem escondidos debaixo da terra
e á noite, a coberto da escuridão, saem para fazer a sua berra.

Os cobardes são a vergonha do pai e da mãe
não têm rosto nem nome
não são pseudónimos, heterónimos, nem um pronome
são os anónimos de ninguém que nunca terão coragem para ser Alguém!

Os cobardes servem-se do nome dos mortos
e na sociedade dos humanos têm os olhos tortos
são uma subespécie dos antropomorfos.

Também há aquele tipo escabroso de cobardes
que têm os seus poltrãos, apaniguados e sequazes
que os aplaudem e divulgam como um coro de incapazes
e ainda lhes dão rasgados elogios da cultura dos alarves.

Os cobardes são umas criaturinhas no seu mundo azul-cinzento e banal
e sentem que têm "hombridade" a usar cuequinhas e pijamas de "lingerie"
mas quando abrem a boca exalam um pestilento cheiro de animal
dos mais nojentos e asquerosos que há por aí...

Há cobardes que preferem "fazer amor" com corpos de borracha insufláveis
porque a usar tais "fêmeas" pensam que dominam as mulheres
e sonham-se na cama uns "misteres"
os narcisistas mais belos, atraentes e amáveis.

Os cobardes vaidosos gostam muito de se brunir
nas lamas dos chiqueiros mais porcos
onde felizes, cantando e rindo nunca se cansam de grunhir
"Somos umas fezes, uns caganeiros, uns desprezíveis porcos!".

Há cobardes desde crianças treinadas para delatores, bufos, pombos-correios
vestidos de anjinhos de procissão, "uns amores", bestas, tão porreiros...

Há cobardes monopes que insultam, mordem e "beijam" a delirar
como se a vida fosse um fado trinado à guitarra;
eles ainda não aprenderam que a Liberdade e a Coragem são para respeitar
e que a Poesia não é arena para exibir o "boi da cambada" que nos marra...

Quem não conhece um ou outro cobarde
que demonstra a sua cobardia
fugindo ao confronto com a sua identidade
o seu verbo, a sua presença e espírito de Democracia?

Embrulhem nos manifestos da mediocridade baixa e casem os zés-cobardes
com o seu cortejo de "paus de dois bicos", mandrongas e mordazes!

Dos cobardes é a terra dos parolos e o mundo-cão dos incapazes!

E no fim da festa das bestialidades, baixezas e bebedeiras
caganifâncias e jactâncias
boçalidades e reles brincadeiras...
deixem os viperinos "caga-na-saquinha" dar peidos de pim, pam, pum
esses cobardes servos dos mafiosos que tentam achincalhar todos e cada um
a juntar outros aos desvios sexuais das suas ruíns e eróticas sujeiras!

Os cobardes não são mais do que ignaras escorrências da nata das etares
mesmo os que andam a pedir perdão aos homens, santas e santos dos altares.

A "coragem" dos cobardes é defender a sua imagem de grande produto final
de uma terra inculta e das mais atrasadas de Portugal!


MARQUES PEREIRA
Prozelo, Abr/02