Sobre a crise financeira.


Numa altura de crise financeira, quem é que vai à televisão dar pareceres? Os políticos, os economistas, os banqueiros; resumindo, o pessoal que nos meteu nesta alhada. É a mesma coisa que ir chamar os incendiários de Verão para vir dar um parecer sobre a falta de meios dos bombeiros. Numa altura de crise, como esta, só deviam ir à televisão e a radio, dar sugestões, aqueles que realmente podem ajudar porque são especialistas na matéria:os forretas. Os maníacos da forretice. Os tarados da poupança. Se há uma pessoa que aproveita os fósforos; já usados no esquentador, para acender o fogão, onde está o Nobel da Economia? Se existem génios que desligam a lâmpada do frigorífico para não gastar electricidade e indivíduos que descongelam a comida dentro da caixa do autoclismo; para não desperdiçar água, e outros que cortam os caules aos frutos e hortaliças para pesarem menos na balança do Supermercado, essas pessoas têm de ter toda a nossa atenção. Como naqueles filmes apocalípticos em que temos que recorrer aos malucos ( um bom exemplo é a Música No Coração). Se, como li; e não quis acreditar, há pessoas que: quando tomam banho e põem a água a aquecer, a primeira que sai, ainda fria, vai para dentro de garrafões e outros que, apesar de calçarem 42, usam 44 com uma palmilha; porque esses números não se vendem e nos saldos têm descontos de oitenta por cento, estas pessoas têm que estar ao lado do Primeiro-ministro nesta época conturbada. Têm de estar com o nosso Primeiro, para lhe poder dizer: Senhor primeiro ministro, se o senhor em vez de correr por parques e jardins, corresse numa roda gigante, uma hora por dia, tínhamos energia para alimentar os Ministérios durante uma semana sem gastar electricidade. Génios destes, têm que estar ao lado do António Costa, para bater o pé e dizer: "Lamento, mas em vez de luzes de Natal , este ano, vai haver pirilampos dentro de frascos de compota usados."
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