A esquerda europeia está apaixonada por Barack Obama, que, para fazer o pleno, só lhe falta ser homossexual e voar.
Obama é, hoje por hoje, o destinatário dos imaginários cósmicos da esquerda, que sobre ele verte os mais húmidos elogios, numa expectativa orgásmica que faz lembrar a histeria de adolescentes num concerto do Michael Carreira.
Suspeito que estes elogios untuosos da "Retórica do Obama", têm menos a ver com a retórica em si, do que com a paixão dos autores pelo que acham ser um novo D. Sebastião, Prometeu regressado à Terra ou até o verdadeiro Messias que vem trazer "change" ao mundo.
Nada de novo...os tontos caminham de ilusão em ilusão e, como se consideram geralmente pessoas muitíssimo inteligentes e esclarecidas, detestam as religiões tradicionais, principalmente a católica. Mas não conseguem deixar de necessitar de uma fé, de um transcendente. Obama mostra-lhes o "novo caminho que atravessa o deserto".
São assim, as mentes religiosas. Desesperam por uma "causa" por uma ideia que os arrebate e as faça sonhar em amanhãs que cantam.
Se fossem mais cépticas, talvez se recordassem que Hitler tinha uma retórica notável, Mussolini arrebatava multidões, os vendedores de cobertores fazem disso vida e, um pouco por todo o mundo, gurus de várias seitas têm sido capazes de alienar completamente quem está disposto a ser alienado, incluindo gente que, pelas suas habilitações académicas, supostamente estaria fora do alcance da banha da cobra.
O flautista de Hamelin toca sempre uma música a que os ratos não resistem.
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