Ovos, pistolas de plástico, pedras e mísseis Qassam
«Parece que o ano de 2008, que já se estava a revelar uma desgraça, não termina da melhor forma, nem em Portugal, nem lá por fora. Em Israel chovem os mísseis Qassam, por cá os ovos deram lugar a pistolas de plástico, um pouco por todo o lado a hipocrisia deu asas à estupidez.
O Hamas decidiu interromper as tréguas para provocar uma guerra cujo resultado é o conhecido, bombardeamentos em Gaza, uma provável invasão do território por blindados e certamente, é esse o resultado pretendido, muitos feridos e mortos para a fotografia. Depois da provocação os fundamentalistas islâmicos aparecem como vítimas a clamar pela solidariedade internacionalistas pois eles são os “bons” a lutar contra os “maus”, os sionistas e os imperialistas americanos.
Por cá os “bons” deixaram os ovos e agora usam pistolas de plástico para brincarem com a professora de psicologia que até nem ficou muito desagradada e que segundo a palavras de encarregados de educação é “da balda”.
Arquivados os artigos sobre a possibilidade de o espectáculo grego s transferir para Portugal, resta aos defensores dos “bons” manifestarem a sua solidariedade. Mas as coisas não estão fáceis os “bons” que atiram mísseis Qassam não são assim tão bons, e os bons locais não só cometeram o erro de trocar ovos por pistolas de plástico como ainda por cima se lembraram de usar a artilharia sintética contra o alvo errado, revelando tão pouca pontaria como os mísseis do Hamas. Ao virarem a artilharia contra a professora em vez de o fazerem em direcção à ministra os nossos “bons” viraram “maus”.
Enfim, o ano termina em confusão, lá fora os “maus” viram “bons” por atiram os mísseis Qassam contra o alvo certo, por cá os “bons” são promovidos a maus porque apontaram para o alvo errado. A evolução das pedras para os mísseis Qassam foi tão desastrosa como a substituição dos ovos por pistolas de plástico»
No Jumento