Acabou. Uma derrota clara que nem valeu a frustração colectiva. À partida para o mundial, com as expectativas ao nível de água, chegar aos oitavos já seria cumprir os mínimos. Aconteceu. Menos normal é fazer uma retrospectiva sobre a performance da selecção na África do Sul e constatar que se os norte-coreanos não tivesse conseguido o passaporte para este evento acabaríamos com o score de...zero(!!!) golos marcados e um sofrido. Também não é bom augúrio saber que o melhor jogador nacional nos quatro jogos foi o guarda-redes e continua a ser um mistério o desempenho medíocre de um jogador, C. Ronaldo, pelo qual o Real Madrid o pornográfico valor de 96 milhões de euros. Queiroz cometeu alguns errros, mas não é por ele que não vamos mais longe. O treinador está à imagem e semelhança da equipa que treina, tem pouca qualidade e ambição é coisa que não nasceu com ele. Mais do que falar da substituição do professor, é prioritário mudar os órgãos dirigentes da Federação Portuguesa de Futebol. Estão há tempo demasiado na cadeira do poder. Amanhã é outro dia. As festas de verão ficaram para trás. Pobretes, mas alegretes e de cabeça erguida, como a selecção.
1 comentários:
Olá, caro homónimo.
Não haverá nesta derrota, que, sendo portuguesa, só poderia ser trágica, todo o tipo de excessos?
A descaracterização do desporto.
A falta de fair play.
O autoritarismo.
A porventura retaliação.
O desconhecimento dos mais simples mecanismos emocionais.
O contrasenso que é exigir de jovens promovidos a super-heróis de banda desenhada e protagonistas de campanhas de marketing de tudo e mais alguma coisa a súbita sageza e a fria serenidade de filósofos academicamente encartados.
Fabricamo-los assim e despois crucificamo-los.
Deixo-lhe este desabafo, ao correr do teclado, por ter achado interessantes o seu texto e a coincidência do apelido.
Abraço
Artur Portela
www.arturportela.com
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