Sporting: Três considerações.

Carlos Carvalhal é um treinador mediano. Naturalmente, um treinador mediano produz resultados medianos – seria surpreendente se assim não fosse. Tendo assumido a liderança da equipa há 16 jornadas, ganhou metade dos jogos, perdeu cinco e empatou três. Ou seja, nestas últimas 16 jornadas, o Sporting tem precisamente o mesmo registo de vitórias, empates e derrotas que o V. Guimarães. Isto leva-me a várias considerações:

(1) A contratação de Carvalhal é, desde o primeiro minuto, inexplicável. Uma Direcção que se afirma de carácter vencedor não pode contratar um treinador de terceira linha e esperar que ele apresente resultados num clube (que se quer) de topo. Por isso, a Direcção do Sporting é a única responsável da mediana que nos atingiu, e não pode tecer uma única crítica a Carvalhal: ele fez o que se sabia que conseguia fazer – o pobre coitado até se esforça, mas não dá mais que aquilo.
(2) Eu ainda entendo que Carvalhal, como treinador mediano que é, julgue que fez um bom trabalho. O que eu não consigo entender é como é que há sócios do Sporting que querem que ele fique mais uma época. Expliquem-me, por favor, excluída a piedade, qual é o vosso critério de selecção.
(3) O mais inquietante: já não se sabe ao certo quais as metas desportivas do clube. Com uma Direcção que contrata treinadores medianos, com directores desportivos inexperientes e incapazes, e com adeptos que consideram que ganhar metade dos jogos é positivo, o Sporting já parece partir do pressuposto que o 4º lugar na classificação é aceitável. Assim não dá.
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