A Monumental do Campo Pequeno abriu portas para uma corrida que certamente ficará na história da tauromaquia. João Moura encerrava-se com seis toiros de várias ganadarias na Corrida da União das Misericórdias e em homenagem a seu pai João Moura no ano em que comemora 30 anos de Alternativa. À ultima da hora o cartel viria a sofrer alterações com o Cavaleiro João Moura Jr. a decidir lidar também o Sobrero após a lide do 6º toiro. Desta forma esse toiro seria pegado pelo Grupo de Forcados Amadores de Montemor e o novilho destinado ao cavaleiro amador Miguel Moura seria pegado pelos Juvenis do Aposento da Moita.
Os toiros a lidar pertenciam ás seguinte ganadarias por ordem de lide: Conde Cabral, Maria Guiomar Cortes Moura, Rio Frio, Miura, Romão Tenório, Passanha e o sobrero pertencia à ganadaria de Romão Tenório tal como o novilho lidado pelo amador Miguel Moura. Destaques o toiro lidado a abrir praça com ferro Conde Cabral que nunca se desligou da montada e para o lidado em 6º com ferro Passanha, um toiro com pata e encastado. Pela negativa, o Sobrero. Um manso com ferro Romão Tenório. Bem apresentados à excepção do Miura que apesar de corpulento era cornicurto.
João Moura Jr rubricou seis lides muito homogéneas dentro do seu estilo. Abriu praça frente a um Conde Cabral com 490kg onde deixava antever uma boa noite para o jovem cavaleiro. Com o toiro sempre ligado na montada primou pela brega e a cravar com cites de largo.
Na lide do toiro da ganadaria Mª Guiomar Corte Moura com 600kg de peso que se mostrou colaborador apesar de transmitir pouca emoção, Moura Jr. sobressaiu nos remates por piruetas na cara do toiro a rematar as sortes muito do agrado do público. Esteve pouco acertado na colocação da ferragem que pecou por descaída. Rematou com um ferro de palmo.
Frente a um Rio Frio com 530 kg de comportamento reservado o cavaleiro rubricou uma lide em crescendo. Após algumas passagens em falso, com a sua experiência deu a volta ao astado e em sortes com ligeiras batidas ao pitón contrário cravou a ferragem da ordem. O público esifgiu mais um ferro que o cavaleiro acedeu para cravar o melhor curto da série.
O 4º da noite, Miura. Corpulento com 636kg mas feio de cara, cornicurto. Moura Jr. voltou a estar bem diante o Miura que se mostrou colaborador e que derrotava alto no momento da reunião. Voltou a estar em bom plano sempre comunicativo com o público.
Frente a um Romão Tenório com 586kg, recebeu de forma superior nos médios a rodar ao pitón para deixar o toiro em sorte. Já com o Merlin na arena deixou excelente pormenores na brega a preparar e rematar as sortes.
Com o 6º da noite um Passanha com 530kg viria o melhor da corrida. Nos médios espera pelo seu oponente para em sorte gaiola deixar o primeiro comprido a um toiro que saiu com pata. Nos curtos a citar de largo com o toiro a arrancar-se com pata, aguentou as investidas para no limite e ao quiebro cravar com poder a resultar nos melhores momentos da noite a levar a emoção ás bancadas e o público a aplaudir de pé. Saiu sob forte ovação com o público a aplaudir de pé o que seria o fechar com chave de ouro.
Decidiu oferecer ao publico do Campo Pequeno a lide do sobrero. A oferta certamente não foi como desejaria. Saiu a arena um toiro com ferro Romão Tenório com 553kg e que desde logo mostrou que estava mais interessado no que se passava nas bancadas e na trincheira. Um manso que mesmo assim o cavaleiro mostrou toda a sua arte e cravou a ferragem da ordem e rematou com dois ferros palmo numa lide onde há a destacar, a sua entrega, experiência e vontade de dar a volta. Esta foi a única lide onde não escutou música.
João Moura Jr. iniciou todas as suas lides com os bandarilheiros fora da arena.
O Grupo de Forcados Amadores de Montemor abriu praça através de João Cabral com um cite a mais de meia praça citou com arte a mandar no toiro para se fechar à córnea ao primeiro intento. João Mantas sentiu a dureza do toiro Miura. Um toiro que na brega dos bandarilheiros deixava antever dificuldades com derrotes com poder antes de tocar no capote. O mesmo sucedeu com o forcado. João Mantas citou de largo e o toiro arrancou-se mal viu o forcado, ensarilhou e investiu com a cara no alto. Na segunda tentativa, o forcado bem no cite e o Miura desfere forte derrote e o forcado a não conseguir fechar-se. À terceira tentativa igual. Pegou à quarta tentativa já com ajudas carregadas. Descontente com a sua prestação João Mantas recusou a volta a arena apesar da insistência do público. Viria a ser atendido no hospital onde lhe foi diagnosticado fractura do braço. O sobrero foi pegado por Pedro Santos que inicia o cite perto do primeiro ajuda a dar vantagens para efectuar uma boa pega ao primeiro intento.
Pelo Aposento da Moita abriu praça o experiente Ntinu Wen citou a mais de meia praça para efectuar uma boa pega à 1ª tentativa fechado à barbela. O cabo Tiago Ribeiro rabejou com arte a sair com desplante toureiro. Nuno Inácio citou com arte para efectuar uma boa pega á primeira tentativa.Pelos Amadores de Monforte abriu praça Ricardo Carrilho que após uma primeira tentativa em não reuniu bem, corrigiu e concretizou a pega ao segundo intento. Nélson Catambas após ter desfeito uma vez, repetiu e efectuou uma pega onde teve enorme vontade de resolver logo á primeira com o toiro a derrotar e o forcado a ficar de lado e com querer emendou-se e concretizou ao primeiro intento.
Seguiram-se novas cortesias para dar início à lide de Miguel Moura. O mais novo da Dinastia Moura voltou a mostrar enorme à vontade e classe toureira. Frente a um novilho com ferro Romão Tenório com 335kg. deixou bons pormenores na sua lide a deixar antever uma bom futuro. Preparou, cravou e rematou com arte. Foi aplaudido de pé.
O Grupo de Forcados Juvenis do Aposento da Moita efectuou uma boa pega ao primeiro intento através do forcado José Maria Bettencourt que caminhou para o novilho com classe para mandar na sorte e fechar-se com decisão à primeira tentativa com o grupo bem a ajudar.
No final João Moura Jr. e Miguel Moura saíram em ombros pela Porta Grande do Campo Pequeno.
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